O registro do salário rosa está causando polêmica no Brasil. Essa iniciativa visa a pagar mais para mulheres que trabalham em profissões predominantemente femininas, como cuidadoras de idosos e enfermeiras. No entanto, a medida tem sido alvo de críticas por supostamente excluir homens nas mesmas funções e por não levar em conta outros fatores que afetam a remuneração feminina, como a maternidade. Além disso, a política levanta dúvidas sobre sua eficácia em combater a desigualdade salarial de gênero. Muitos argumentam que é preciso atacar a raiz do problema, como a falta de políticas de creche e licença parental igualitária, além de promover a educação e a conscientização sobre a equidade de gênero desde cedo. Enquanto isso, algumas empresas já têm adotado políticas próprias de igualdade salarial, o que indica que há também uma demanda da sociedade por mudanças nesse sentido. No entanto, é preciso cautela para não criar políticas que agravem a divisão de gênero no mercado de trabalho. O debate sobre o salário rosa é apenas uma das muitas discussões necessárias para avançarmos em direção a uma sociedade mais justa e igualitária.